Para todos aqueles que passarão a virada do dia 24 para 25 de dezembro em seus postos de trabalho longe de suas famílias, enquanto patrões estão aproveitando a sua força de trabalho em vastas e deliciosas ceias natalinas.
TOTAIS (de 01/09/2010 até 15/12/2010)
Plantas: 1597
Documentos em geral: 506
Notas fiscais: 487
Ofícios: 93
Fotografias: 1960
Quase comprei essa camerazinha de fole muito bonita e estilosa. Um dos detalhes que destaco de legal nela é como o fonógrafo fazia para enquadrar a fotografia. Existiam duas lentes extras na parte frontal que tinham como função apresentar as imagens horizontais ou verticais em dois visores diferentes localizados nas laterais. Isto fazia com que a pessoa se inclinasse até conseguir enxergar a imagem da melhor maneira possível. Mais um charme de época.
Chegamos no ponto do primeiro filme em que Woody Allen toma o controle tornando-se roteirista (em parceria com Michael Rose), diretor e protagonista, criando o estílo que o consagraria durante muitos anos com vários clássicos. A história em si é simples e ainda não apresenta muita profundidade, entretanto várias tiradas "woodyanas" permeiam o enredo. Mas o legal é que a trama é apresentada em uma espécie de documentário sobre a vida de Virgil (Woody Allen) criando um resultado bem interessante.
Filme engraçado e bem feito, alguns momentos bobos, mas nada que atrapalhe uma boa diversão.
Filme que Woody Allen atua (direção de Val Guest, Ken Hughes, John Huston, Joseph McGrath, Robert Parrish e Richard Talmadge). Originalmente escrito por um trio de roteiristas, conforme os créditos da película: Wolf Mankowitz, John Law e Michael Sayers. Mas segundo o IMDB, seria um grupo de 11 pessoas (sendo Allen um dos “uncredited”). Por causa dessa imprecisão e do resultado final da obra, acredito que ele teve uma participação mínima na construção da história, sendo assim, mudei o título do post de “Obra do Woody” para “Participação do Woody”.
Casino Royale é uma sátira sobre o personagem James Bond que possui tantos pontos negativos como positivos. A música instrumental tema do filme é legal, mas torna-se extremamente repetitiva pois ela é usada em quase todas as cenas. A história em si só embala depois da chatíssima meia hora inicial. Existem muitas piadas sem graça e açgumas em que podem ser notadas algumas influências (ou imitações) do estilo do Woody Allen. Falando nele, seu personagem (Jimmy Bond) tem papel importante, mas aparece em poucas cenas. Para variar sua participação é centrada em um homem neurótico, mas a atuação não consegue mudar muito o estilo da obra. Uma das cenas mais engraçadas é com ele em um pelotão de fuzilamento.
Achei bem fraco esse filme, acabei gostando de algumas cenas em separado.
Minhas caminhadas para chegar no estágio são sempre feitas pelo meio da Redenção. Faço minha caminhada por ela escutando música no celular, mas quando chego perto do MiniZoo tiro os fones de ouvido para admirar um pouco do som dos pássaros que estão lá presos. Uma experiência cada vez mais difícil de acontecer por causa do caótico barulho de nossas movimentadas ruas. Triste e bonito ao mesmo tempo.
O segundo filme de Woody Allen (direção dividida com Senkichi Taniguchi) é uma pérola. O trabalho caracteriza-se como uma sátira aos filmes japoneses de gangsters. O humor aqui é um pouco mais apelativo em relação ao estilo pastelão usado em “O que há, gatinha?”. Existem trechos hilariantes e os personagens (todos orientas) tiveram suas vozes redubladas com o acréscimo de efeitos sonoros tosquérrimos. Os diálogos são recheados por piadas sacanas e de crítica aos países do oriente, como quando um taxista fala: “aqui temos uma fábrica de brinquedos defeituosos”. Allen aparece poucas vezes no material, já que na história ele é o diretor do filme que é apresentado. Vale ressaltar que este parece ser um filme bem diferente do estilo de produção que ele viria a ter durante a carreira... O próximo da lista é “Cassino Royale”.
Até o presente momento nunca tinha rido tanto com um filme do Woody Allen, já destaco “O que há, tigresa” como uma maravilhosa comédia escrachada.
Final de expediente no setor. Eu e mais dois arquitetos estamos analisando uma fotografia do Campus do Vale que causa uma dúvida tremenda. Nela aparece apenas um corredor de estruturas pré-moldadas iguais as usadas em outros setores do local. Em determinado momento um deles, cansado de olhar a mesma imagem, comenta:
-Olha ali, aquele filho da puta nesse ângulo parece que ta sentado em cima do poste.
(risos)
-Mas que ângulo de merda esse.
Daí falo a frase para encerrar a discussão:
-Filho da puta é o cara que bateu essas fotos e não escreveu atrás onde era o lugar.
Eles concordaram comigo.
O primeiro filme que Woody Allen atuou e também escreveu um roteiro, entretanto a direção ficou a cargo de Clive Donner. O longa apresenta um humor pastelão que para os nossos tempos pode parecer muito bobo, mas provoca algumas risadas. O papel principal é de Peter O`Toole como um sedutor que coleciona mulheres ao mesmo tempo em que trai a sua noiva. A temática do adultério aparece de maneira ampla pela obra, caracterizando um dos pontos que Allen abordaria com exaustão em toda a sua carreira. Um ponto interessante são os personagens que aparecem na trama de uma maneira que se juntam na parte final criando um efeito bem interessante. Já nesta estréia Woody consegue aliar o estilo bobalhão de com é dia com algumas piadas de cunho intelectuais, mostrando que este seria apenas uma previa de seu estilo tão característico.
Em resumo achei legal e até gargalhei em algumas partes, vamos ver como Woody se saiu em “O Que Há Tigresa”, o próximo da lista.
Mesa de bar, sempre aqueles dois filósofos anônimos:
- É como te disse aqui tudo é figuração!
- Mas claro, não existe mais nada alem do simples consumismo.
- Sim, mas a figuração que falo é sobre os disfarces que todos levam durante a vida.
- Como assim?
- Todos os caminhos que você tem para ser “superior” em relação aos outros. Você sabe, cargo de diretor bunda mole, funcionário público do caralho, jornalista de alguma birosca conhecida, militar da patente cheia de merda e mais outras milhões de classes. Tudo isso cai fragilmente porque todos têm o mesmo fim: a morte.
- Também não precisar ser tão radical!
- Esqueci que você já está enquadrado dentro de um dos disfarces: filósofo por formação e colocador de etiquetas em camisas por opção para sobreviver ao mundo canibal.
Filósofo dois um pouco revoltado dispara:
- Mas e você, até agora nem disse o que faz da vida.
- Eu sou apenas um cara que tenta derrubar os disfarces que estão apoiados nos preguiçosos crachás da vida contemporânea.
Desistem de discutir, apenas continuam tomando cerveja esperando aquela noite terminar.
Até hoje me pergunto o motivo do Microsoft Word não possuir um recurso simples de adequar a numeração para o padrão ABNT. Para quem não sabe, as primeiras páginas não devem aparecer com número das primeiras folhas de apresentação, fazendo com que apareçam logo depois lá pelo número 5 conforme a ordem das folhas anteriores (as não numeradas). Já tentei de diversas maneiras sem sucesso, mas sempre no final acabo copiando as primeiras partes para um novo documento sem numeração e imprimindo-as para após reunir com o restante do arquivo numerado. Então retorno para a primeira linha deste post e questiono: Por que até hoje não foi criada dentro do programa uma simples ferramenta para fazer algo que parecia tão fácil?
O seguinte comentário já deveria ter sido feito na semana passada por causa do calor da declaração de Luiz Carlos Prates, mas acabei atrasando o texto.
Luiz Carlos Prates participa do Jornal do Almoço de Santa Catarina (Grupo PRBS, Zerolândia e etc...) onde semana passada demonstrou sua fúria contra a população pobre e o PT. Ao abordar o tema de mortes no trânsito ele cita como um dos fatores que "hoje qualquer miserável tem um carro (...)". A citação pode ser simplesmente percebida como mais pura manifestação de uma visão burguesa sobre um dos bens de maior status social dentro do mundo em que vivemos. Pelo visto somente pelo fato da pessoa possuir uma fonte de renda menor ela deve ser menos preparada na perícia de dirigir, segundo o comentarista. Nem toco no assunto dos filhos de famílias ricas que se matam em seus possantes automóveis em rachas pelas ruas.
A visão preconceituosa serve ainda como um simples ataque ao atual Governo Federal e sua faceta de ajudar uma parcela da população que desde sempre foi massacrada pela massa reacionária. Em sua infeliz analogia o jornalista deve ter esquecido que essas pessoas que trocaram ou compraram novos veiculos na época do IPI zero contribuíram para que a máquina consumista se mantivesse ativa na crise financeira. Mas mesmo assim a direita midiática responde apenas com uma patada na população... Relembrar essa fala em nossos blogs é uma leve brisa comparada ao furacão que a grande imprensa produz diarimante para incubrir tais "deslizes", mas devemos sempre continuar soprando e apontando estes velhos atentados.
Vídeo:
Veja como é fácil ser feliz. A felicidade pode ser comprada em qualquer loja refrigerada de um shopping center, ela vem embalada em um pacote de presente repetindo 500 vezes o nome de alguma marca.
A convicção:
Para ajudar a espantar a maldita depressão nós te ajudamos cedendo algumas generosas parcelas para comprar a felicidade. E lembre-se, existe sempre uma felicidade diferente dentro de nossas lojas a cada mês com preços interessantes.
Ainda bem que sou romântico.
Nem eu acredito, mas é a primeira vez que um blog meu chega nesse número. Já tive vários blogs desde o ano de 2005 (já deletados) e nenhum chegava a 25 postagens. Fico feliz em estar em uma época em que tenho bastante vontade de produzir conteúdos como textos e videos. E melhor ainda é saber que consigo manter não só 1, mas 5 blogs (alguns mais e outros menos) com materiais novos. Esse aqui, que caracteriza-se como pessoal, teve um crescimento muito rapido já que funciona como um "centralizador" das minhas ideias. Já que gosto de números adianto que a partir de 2011 irei colocar estatísticas de postagens em todos os blogs que faço. Também vou dividir esse em três tags: Texto, imagem e vídeo.
Obrigado pela visita!
Um shopping qualquer fez uma propaganda do tipo: "Natal bom tem que ser ajudando quem precisa, por isso doe presentes para os necessitados". A frase já é uma espécie de descontrução do ideal capitalista, daí logo após vem a segunda oração dentro do anúncio: "Por isso compre aqui o presente para os necessitados em até 10x no cartão".
Apenas usei a lógica e a obviedade.
O consumismo que o Natal recebeu por parte da mídia e do comércio chega a beirar o absurdo. Toda a lógica mercantil se inicia cada vez mais cedo, o dia das crianças é um grande chamariz para o consumo dos pequenos através da lavagem cerebral proposta pelos meios de comunicação. Noto que logo após a data anteriormente citada lojas e shoppings centers em pleno outubro começam suas decorações natalinas, remetendo crianças e adultos para a continuação do ciclo de compras.
O mais engraçado disso tudo é que a lógica foi subvertida. Retirou-se do Nata o caráter religioso colocando-o no pedestal de puro e simples consumo
Nós que tratamos da memória e de arquivos não atribuímos um legado positivo para a era digital. Posso explicar pelo simples fato de que nossa tecnologia já nasceu efêmera. O suporte "analógico", mesmo com todos os problemas de manutenção mostra-se muito adiantado no quesito de guarda de informações. Esses vieram quando a lógica do mercado era outra, aonde a indústria pensava que deveria oferecer produtos com qualidade e duráveis. Nosso tempo é composto pelo descarte, pelo consumismo rasteiro, aonde tudo estraga com pouco tempo de uso. Se a sua informação de origem digital não migrar para os novos suportes poderá ser perdida pois o aparelho que a reproduzia pode não ser encontrado em nenhum lugar daqui alguns anos.
Como podemos confiar nossa memória em algo que nasce já para durar pouco e ser substituído?
A foto aí em baixo foi tirada pelo meu celular, ficou uma parte que não dá para ver por causa da claridade. Recomendo clicar sobre a imagem para uma maior visualização. Marquei alguns locais com garrafas visíveis.
Almoço no RU e escovo os dentes no banheiro da minha faculdade. Esta é a minha rotina do horário do almoço. Só que ela me fez perceber uma característica muita chata presente no homem contemporâneo e capitalista. Enquanto fico na pia me escovando percebo que todos os usuários do local não lavam as mãos após fazerem suas necessidades. Tal atitude demonstra o individualismo e a falta de consideração com o próximo, já que quase todo mundo adota o aperto de mãos nos meios sociais.
Até lembro que na última semana um funcionário terceirizado tinha ido no banheiro e obviamente saiu sem lavar as mãos. Só que logo ele retornou. Pensei que tinha caído sua ficha e voltava para fazer alguma lavagem mínima. Claro que não! Seu reorno foi para olhar-se no espelho e passar a mão no cabelo com o intuito de arrumar seu penteado. Nem mesmo os coitados dos fios de cabelo foram poupados da porquice.
Realmente incrível presenciar um fato histórico, você sabe, aquele momento em que a História conspira com nossas emoções tornando o que era para ser mais uma manhã, tarde ou noite de nossas vidas em momentos únicos. No domingo passado enfrentamos longas e tumultuadas filas debaixo de um violento Sol, tudo isto teve seu valor quando lá pelas 21 horas Paul McCartney apareceu em seu gigantesco palco conversando em português com pessoas de diversos estados brasileiros e até de outros países.
Assistir Paul foi uma experiência que flertou com questões metafísicas, simlesmente ainda não consigo entender como um dos maiores músicos contemporâneos vivo estava ali com toda aquela multidão. E quando clássicos absolutos eram entoados por uma estádio absurdamente cheio. Não consigo definir qual foi a melhor, mas garanto que fiquei muito feliz dele lembrar-se de mim e colocar no setlist Get Back (Get back Jon Jon...).
Tocante também foram as homenagens que McCartney prestou para John Lennon, George Harrison e Linda McCartney com músicas e dedicatória em português para cada um. Entretanto devo destacar a de sua ex-mulher (falecida em 1998) quando declamou: "Eu escrevi essa música para a minha gatinha, Linda". Esse trecho foi extremamente comovente. Nesse momento tivemos um grande choque de realidade, já que todos temos o mesmo destino nesta vida e Paul ainda deve sofrer sua perda. Comovente.
Tudo no local transpirava uma aura que beirava o sobrematural, havia muito silêncio na hora de escutar as palavras enroladas que Paul arriscava em seu português de última hora. Em resumo o show mostrou como a música boa não tem idade e ainda cria uma mobilização fantástica, apontando que muitas pessoas novas ainda cultivam o gosto pelas referências musicais. A festa mesmo tendo quase três horas pareceu curta demais, isso que dá ter tantos clássicos! Agora o negócio é esperar ele voltar. Viva McCartney!
Semana passada assisti a uma apresentação espetacular da banda Green Day. Fiquei impressionado com o carisma e a performance do grupo, tudo isto acompanhado por incríveis explosões pirotécnicas que pareciam amplificadas pela acústica do Gigantinho. O melhor ainda foi saber via Twitter que aquela apresentação foi uma das 3 melhores que eles já fizeram em sua história, tanto que nem houveram comentários sobre as outras cidades brasileiras que eles foram logo após. Com eles mudei minha imagem sobre shows...
Incrível!
De vez em quando penso nos chicletes colados nas ruas e calçadas do Centro Histórico de Porto Alegre, especialmente os alocados na Avenida Salgado Filho de frente a parada da linha de ônibus Cohab. São dezenas de fósseis químicos enterrados de maneira praticamente perpétua no coração da cidade. Suas cores vibrantes de outrora foram substituídas pelo cinza e negro da sujeira característica do local. Sempre olho para o chão e penso como alguns membros desta equipe devem ser antigos e imagino os seus “mascadores” de épocas bem longíquas. Será que os donos cuspiram após a saída de uma costumeira viajem no veículo? Será que cuspiram para abocanhar um cigarro? Será que cuspiram para beijar alguém? Ou será que simplesmente estavam cansados da monotonia de tanto mastigar?
Talvez algumas gomas lá pregadas possam ter sido mascadas por gente já falecida ou ainda muito viva. Penso que existam chicletes de alguma personalidade, de algum sonhador, de alguma pessoa sem mais perspectiva, de algum adolescente narcisista, de algum funcionário arrastando-se no tédio de idas e vindas, do vendedor de Mandolate, do ex-vendedor de fichinhas, de algum arrogante, de um senhor carregando o peso de uma dívida, de alguma prostituta recolhendo-se ao início de um novo dia, de algum Bêbado jornalista, de alguém que estava com uma grande larica ou de alguma pessoa que passa despercebida no meio de tantas outras incógnitas. Acho que por causa dessas diversas referências penso nos chicletes colados na calçada como grandes histórias de vida.
Nestas idas e vindas de mexer em arquivos passam por minhas mãos diversos documentos oficiais. Eles são assexuados, frios, racionalistas e extremamente sem cores. Passar a tarde cadastrando-os é uma tarefa que cansa já que estes não transmitem nada além da pura mecânica da sociedade contemporânea. Entretanto sempre existem alguns devassos manuscritos que são verdadeiras relíquias, pequenas anotações, mensagens e até mesmo desenhos em plantas que me tiram da rotina. O papel que é rabiscado pelas pessoas arde em alma.
Post super atrasado. Consegui mudar o estigma dos aniversários aqui de casa comprando um bolo da Bella Gula de crispies. O negócio é realmente muito bom e supera tudo que veio antes dele nas respectivas comemorações da minha família. No mais estar com 23 anos é uma loucura, eu ainda penso que tenho 18 (risos). A única diferença que senti este ano foi que estava contando os dias para a chegada da data, fato que já não acontecia há anos. Acho a mudança se deve ao tempo que fiquei sem trabalhar para dedicar-me ao primeiro semestre de biblioteconomia, fazendo com que o tempo passasse um pouco devagar.
