Hoje a Zerolândia (n. 16.546) publicou um texto do Secretário de Educação Profissional do MEC (Eliezer Pacheco) sobre o ENEM. Primeiramente devo apontar que fiquei um pouco impressionado pelo fato jornal publicar um artigo que ataque tão ferozmente a classe média, mídia e toda a estrutura de cursinhos de pré vestibular. Para ler a versão integral vá para o seguinte link: http://exkola.com.br/scripts/noticia.php?id=44287714
O texto de Pacheco faz uma dura crítica em relação as notícias proferidas pela mídia sobre os problemas do ENEM de 2010. Nele existe toda uma relação muito interessante dos jogos de interesses que cercam a crítica massiva do processo seletivo. O artigo polemiza com a chamada "indústria do vestibular"formada pelos cursinhos preparatórios, mostrando como consequência um enfraquecimento do conteúdo pedagógico do ensino médio nas escolas brasileiras. O professor vai mais fundo ao apontar a classe média como "[...] pequena burguesia urbana, acostumada a disputar apenas entre si as vagas das universidades públicas brasileiras."
Sua defesa sobre o ENEM tem como base o estabelecimento de uma avaliação de conhecimentos interdisciplinares voltados para a cidadania. Com essa caracterísitca o exame torna-se de alcance nacional e aberto a ampla disputa de vagas independente da localização geográfica da instituição. O grande medo da "indústria do vestibular" é que com isso o aprendizado não ficaria centrado apenas em conteúdos decorados com macetes, fazendo o aluno tender para uma análise profunda do papel das disciplinas. Com isso os curinhos não teriam condições de preparar para um processo seletivo que apresenta um conhecimento consolidado pelo desenvolvimento do ensino médio.
As críticas pontuais demonstram a revolta contra todo um esquema de ensino há décadas consolidado no Brasil. Ao meu ver o ENEM peca por perder a regionalização dos conteúdos, como é o caso do vestibular da UFRGS, mas em compensação o apelo de padronização e de eliminação da "indústria do vestibular" são valiosos para os nossos tempos de fortalecimento das classes baixas. Um exame reflexivo mostra como é necessária a construção de um conhecimento crítico para formar futuros profissionais preocupados com as relações e problemas sociais que o cercam. Deixemos os processos seletivos tradicionais para o Exército e outros órgãos de "concurseiros".
O texto de Pacheco faz uma dura crítica em relação as notícias proferidas pela mídia sobre os problemas do ENEM de 2010. Nele existe toda uma relação muito interessante dos jogos de interesses que cercam a crítica massiva do processo seletivo. O artigo polemiza com a chamada "indústria do vestibular"formada pelos cursinhos preparatórios, mostrando como consequência um enfraquecimento do conteúdo pedagógico do ensino médio nas escolas brasileiras. O professor vai mais fundo ao apontar a classe média como "[...] pequena burguesia urbana, acostumada a disputar apenas entre si as vagas das universidades públicas brasileiras."
Sua defesa sobre o ENEM tem como base o estabelecimento de uma avaliação de conhecimentos interdisciplinares voltados para a cidadania. Com essa caracterísitca o exame torna-se de alcance nacional e aberto a ampla disputa de vagas independente da localização geográfica da instituição. O grande medo da "indústria do vestibular" é que com isso o aprendizado não ficaria centrado apenas em conteúdos decorados com macetes, fazendo o aluno tender para uma análise profunda do papel das disciplinas. Com isso os curinhos não teriam condições de preparar para um processo seletivo que apresenta um conhecimento consolidado pelo desenvolvimento do ensino médio.
As críticas pontuais demonstram a revolta contra todo um esquema de ensino há décadas consolidado no Brasil. Ao meu ver o ENEM peca por perder a regionalização dos conteúdos, como é o caso do vestibular da UFRGS, mas em compensação o apelo de padronização e de eliminação da "indústria do vestibular" são valiosos para os nossos tempos de fortalecimento das classes baixas. Um exame reflexivo mostra como é necessária a construção de um conhecimento crítico para formar futuros profissionais preocupados com as relações e problemas sociais que o cercam. Deixemos os processos seletivos tradicionais para o Exército e outros órgãos de "concurseiros".
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