segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tirinha or HQ By JonasRS

De Saída Com Orgulho

Texto publicado originalmente no meu Multiply: http://jonasrs.multiply.com/journal/item/3/3


Hoje eu entro de férias e consequentemente desvinculo-me da JUCERGS. Foi lá minha primeira experiência trabalhista. Já está longe o outubro de 2007, naqueles idos, estava eu adentrando o maravilhoso prédio de José Lutzemberg no coração de Porto Alegre.

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O setor em que estagiei foi o de cadastro informatizado. Ele é basicamente formado por estagiários, um grupo realmente grande que tem constante alternância de componentes. Desde o início passaram incontáveis estagiários e eu ia ficando por lá. Quando vi já tinha chegado a derradeira morte: 2 anos de contrato completos e ininterruptos (sem direito a férias, mas confesso que ano passado tive um mini recesso).

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Desde o dia em que assinei contrato sabia que era impossível de ser efetivado, visto que, é um órgão público e o mesmo só pode ser acessado via concurso público. Sendo assim, o estágio desde o início tinha essa clausula nefastamente desmotivadora. Não fraquejei, agüentei todo esse tempo. Muitos colegas iam saindo por não ver futuro algum lá dentro. Mas sempre consegui tirar motivação pois assemelhei o que poucos reconhecem: a importância da pessoa na cadeia de processos.

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Perdi dois anos de minha vida sem perspectivas. Quando adquiri o estágio foi em um ano de reconstrução. Nesse tempo em que estive “parado” (2005-2006) eu fiz algo maravilhoso: pratiquei a reflexão. Li vários livros magníficos de filosofia e psicologia. Muitas passagens deles me guiam até hoje. Foi dessa época que consegui assimilar signos para não ter uma vida vazia. Graças a isso sempre tive forças para fazer um trabalho positivo na JUCERGS.

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Eu sou muito importante lá dentro, afinal, diversas empresas dependiam que eu fizesse seu cadastro corretamente. No setor eu peguei desde uma simples lan house até documentos da Gerdau e tantos outros de nomes famosos. Notava que essa importância do indivíduo dentro daquele sistema faltava em meus colegas. Daí e que via que mesmo novos já existiam muitos cabeças duras que não aceitavam mudar o pensamento. Isso é causado pela nossa onda de pensar apenas no resultado e não em todo esforço que é feito para chegarmos ao final.

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Não existia imagem mais motivadora do que prestar o serviço para o Estado do Rio Grande do Sul. Que deleite era estar dentro do processo da economia do estado mesmo como um simples temporário. Que orgulho era trabalhar sob as forças do nosso estado! Sentir na pele honrar o nosso povo e não ser apenas uma pessoa encostada no serviço público. Caminhar todos os dias pelo Centro Histórico e adentrar no Palácio do Comércio era quase que um ato cerimonial.

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Saio acima de tudo satisfeito comigo, pois afinal, sei que desenvolvi um grande trabalho e honrei o Estado do Rio Grande do Sul com um serviço digno para a população. Maldito é aquele que com oportunidade no serviço público desonra o sagrado manto rio-grandense.






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