domingo, 28 de novembro de 2010

Fiação e Tecidos Portoalegrense Parada no Tempo


Imagens que fiz hoje na antiga Fiação e Tecidos Portoalegrense. O local, desativo desde o ano passado, será preservado mesmo com a construção de espigões ao seu redor . Fotografias do meu celular, infelizmente... 









sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Fim do Casseta e Planeta e o Humor Global


Fui supreendido, via Twitter, com a notícia pelo seguinte link: http://www.tvmagazine.com.br/blogs/post.asp?ID=8198 . Acho interessante analisar o caso já que foi um programa marcante na cultura brasileira.

O Casseta e Planeta surgiu com uma proposta altamente perigosa (para a Globo) de ironia com políticos e artistas em 1992. Deu muito certo, atingindo o público e durando todo esse tempo. Há anos não assistia o programa, entretanto, revi agora na época das eleições com as sátiras aos candidatos José Serra e Dilma Roussef. Fiquei abismado como, em pleno ano 2010, ainda existisse um humor de cunho crítico (mesmo sendo obviamente de direita).

Aponto o fim do programa como uma rendição ao conteúdo altamente retardado e tosco que milhares de programas "humorísticos" fazem diariamente. Este por sua vez é calcado em uma piada que funciona apenas com os esteriótipos da população e não apresentam nenhum fundo crítico. Casseta perdeu audiência pelo fato que o público gosta apenas das piadas prontas e simples jargões repetidos de maneira infinita.

Missão Woody Allen

Quero assistir todos os filmes do Woody Allen em sequência, já baixei os dois primeiros e pretendo, conforme meu ritmo, ir postando algumas análises por aqui. Espero completar esta longa missão (41 filmes até 2010).

-Mas por que isso?
-Ora, porque é Woody Allen!

Imagem do filme "A Última Noite de Boris Grushenko"

Felicidade Contemporânea

Veja como é fácil ser feliz. A felicidade pode ser comprada em qualquer loja refrigerada de um shopping center, ela vem embalada em um pacote de presente repetindo 500 vezes o nome de alguma marca.

 

A convicção:

Para ajudar a espantar a maldita depressão nós te ajudamos cedendo algumas generosas parcelas para comprar a felicidade. E lembre-se, existe sempre uma felicidade diferente dentro de nossas lojas a cada mês com preços interessantes.

 

Ainda bem que sou romântico.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

POST 100

Nem eu acredito, mas é a primeira vez que um blog meu chega nesse número. Já tive vários blogs desde o ano de 2005 (já deletados) e nenhum chegava a 25 postagens. Fico feliz em estar em uma época em que tenho bastante vontade de produzir conteúdos como textos e videos. E melhor ainda é saber que consigo manter não só 1, mas 5 blogs (alguns mais e outros menos) com materiais novos. Esse aqui, que caracteriza-se como pessoal, teve um crescimento muito rapido já que funciona como um "centralizador" das minhas ideias. Já que gosto de números adianto que a partir de 2011 irei colocar estatísticas de postagens em todos os blogs que faço. Também vou dividir esse em três tags: Texto, imagem e vídeo.


Obrigado pela visita!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Doe

Um shopping qualquer fez uma propaganda do tipo: "Natal bom tem que ser ajudando quem precisa, por isso doe presentes para os necessitados". A frase já é uma espécie de descontrução do ideal capitalista, daí logo após vem a segunda oração dentro do anúncio: "Por isso compre aqui o presente para os necessitados em até 10x no cartão".

Apenas usei a lógica e a obviedade.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Natal Subversivo

O consumismo que o Natal recebeu por parte da mídia e do comércio chega a beirar o absurdo. Toda a lógica mercantil se inicia cada vez mais cedo, o dia das crianças é um grande chamariz para o consumo dos pequenos através da lavagem cerebral proposta pelos meios de comunicação. Noto que logo após a data anteriormente citada lojas e shoppings centers em pleno outubro começam suas decorações natalinas, remetendo crianças e adultos para a continuação do ciclo de compras.

O mais engraçado disso tudo é que a lógica foi subvertida. Retirou-se do Nata o caráter religioso colocando-o no pedestal de puro e simples consumo em família. Atitude esta que deve ser realizada dentro do conforto e segurança dos modernos centros comerciais. Lá está tudo minimamente pensado para seduzir qualquer um no espírito de consumir: são papais noéis, bonecos de neve, ursos e tantos outros simbolismos marcando presença em um país tropical. Por isso penso que a montagem de um presépio em um local destes seria um ato totalmente subversivo, já que a tradição atual foi modificada pelo capitalismo. Quem diria estes tempos modernos...

domingo, 21 de novembro de 2010

Ainda Sobre o Medo Digital

Nós que tratamos da memória e de arquivos não atribuímos um legado positivo para a era digital. Posso explicar pelo simples fato de que nossa tecnologia já nasceu efêmera. O suporte "analógico", mesmo com todos os problemas de manutenção mostra-se muito adiantado no quesito de guarda de informações. Esses vieram quando a lógica do mercado era outra, aonde a indústria pensava que deveria oferecer produtos com qualidade e duráveis. Nosso tempo é composto pelo descarte, pelo consumismo rasteiro, aonde tudo estraga com pouco tempo de uso. Se a sua informação de origem digital não migrar para os novos suportes poderá ser perdida pois o aparelho que a reproduzia pode não ser encontrado em nenhum lugar daqui alguns anos.

Como podemos confiar nossa memória em algo que nasce já para durar pouco e ser substituído?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Uma Lenda do RU da UFRGS

Hoje cadastrando fotografias do arquivo do meu setor achei uma singela imagem de alunos almoçando no Restaurante Universitário do Campus do Vale. Dei uma olhada mais profunda e percebi que todas as mesas tinham garrafinhas de refrigerantes. Fiquei abismado, tudo leva a crer que antigamente eram comercializadas pelo próprio restaurante da universidade. Eu não posso dar certeza, mas a imagem é contundente, seria muita coisa todo mundo que aí aparece ter ido comprar em um bar para logo após ir no RU. Outro detalhe são as bandejas iguais as atuais, ficando uma clara dúvida de serem as mesmas que nos servimos diariamente.

A foto aí em baixo foi tirada pelo meu celular, ficou uma parte que não dá para ver por causa da claridade. Recomendo clicar sobre a imagem para uma maior visualização. Marquei alguns locais com garrafas visíveis.


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dialética do Banheiro

Almoço no RU e escovo os dentes no banheiro da minha faculdade. Esta é a minha rotina do horário do almoço. Só que ela me fez perceber uma característica muita chata presente no homem contemporâneo e capitalista. Enquanto fico na pia me escovando percebo que todos os usuários do local não lavam as mãos após fazerem suas necessidades. Tal atitude demonstra o individualismo e a falta de consideração com o próximo, já que quase todo mundo adota o aperto de mãos nos meios sociais.

Até lembro que na última semana um funcionário terceirizado tinha ido no banheiro e obviamente saiu sem lavar as mãos. Só que logo ele retornou. Pensei que tinha caído sua ficha e voltava para fazer alguma lavagem mínima. Claro que não! Seu reorno foi para olhar-se no espelho e passar a mão no cabelo com o intuito de arrumar seu penteado. Nem mesmo os coitados dos fios de cabelo foram poupados da porquice.

sábado, 13 de novembro de 2010

Piada Interna no Pro Evolution Soccer

Eu não gosto muito de "humor interno" mas vou publicar um desenho que fizemos agora pela manhã. Eu e meu irmão jogamos, durante a semana, PES modificado com times brasileiros e argentinos. Foram 3 noites consecutivas as quais ganhei todas com placares bem apertados (até com empates já que colocamos o saldo qualificado). Daí hoje pela manhã fiz esse desenho e ele gostou e completou com o "Veron Manolo" (já que sempre uso o Estudiantes). Está aí embaixo a imagem "scanneada":

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Noite de Paul McCartney em Porto Alegre


Realmente incrível presenciar um fato histórico, você sabe, aquele momento em que a História conspira com nossas emoções tornando o que era para ser mais uma manhã, tarde ou noite de nossas vidas em momentos únicos. No domingo passado enfrentamos longas e tumultuadas filas debaixo de um violento Sol, tudo isto teve seu valor quando lá pelas 21 horas Paul McCartney apareceu em seu gigantesco palco conversando em português com pessoas de diversos estados brasileiros e até de outros países.

Assistir Paul foi uma experiência que flertou com questões metafísicas, simlesmente ainda não consigo entender como um dos maiores músicos contemporâneos vivo estava ali com toda aquela multidão. E quando clássicos absolutos eram entoados por uma estádio absurdamente cheio. Não consigo definir qual foi a melhor, mas garanto que fiquei muito feliz dele lembrar-se de mim e colocar no setlist Get Back (Get back Jon Jon...).

Tocante também foram as homenagens que McCartney prestou para John Lennon, George Harrison e Linda McCartney com músicas e dedicatória em português para cada um. Entretanto devo destacar a de sua ex-mulher (falecida em 1998) quando declamou: "Eu escrevi essa música para a minha gatinha, Linda". Esse trecho foi extremamente comovente. Nesse momento tivemos um grande choque de realidade, já que todos temos o mesmo destino nesta vida e Paul ainda deve sofrer sua perda. Comovente.

Tudo no local transpirava uma aura que beirava o sobrematural, havia muito silêncio na hora de escutar as palavras enroladas que Paul arriscava em seu português de última hora. Em resumo o show mostrou como a música boa não tem idade e ainda cria uma mobilização fantástica, apontando que muitas pessoas novas ainda cultivam o gosto pelas referências musicais. A festa mesmo tendo quase três horas pareceu curta demais, isso que dá ter tantos clássicos! Agora o negócio é esperar ele voltar. Viva McCartney!


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Da Silva

Os trabalhos acadêmicos exigem uma concentração desgraçada. Cada detalhe vigorosamente impresso em nossas modernas impressoras podem carregar erros terríveis. Semana passada sofri desta maldição. Em um trabalho fui incumbido de fazer a referência de entrevistas que realizamos, elas eram formadas pela abreviatura do nome seguida pelo último sobrenome. Como de costume usei a velha tática de "copiar e colar" para fazer toda a lista que tinha diversas repetições. No grupo existe uma componente da família "da Silva", só que no meio da minha operação de "clonagem de informações" estas palavras foram parar na descrição de outro colega que simplesmente tem nome alemão. Sim, um autêntico germânico, com direito a letras embaralhadas daquela maneira que você olha e pensa cinco vezes como se pronuncia ou simplesmente pergunta diretamente para o indivíduo a maneira correta. Assim o meu colega Pablo foi por minhas mãos transformado em "P. da Silva". Não acreditei quando vi na aula, ou seja, era tarde demais. E o trabalho foi entregue...