Realmente incrível presenciar um fato histórico, você sabe, aquele momento em que a História conspira com nossas emoções tornando o que era para ser mais uma manhã, tarde ou noite de nossas vidas em momentos únicos. No domingo passado enfrentamos longas e tumultuadas filas debaixo de um violento Sol, tudo isto teve seu valor quando lá pelas 21 horas Paul McCartney apareceu em seu gigantesco palco conversando em português com pessoas de diversos estados brasileiros e até de outros países.
Assistir Paul foi uma experiência que flertou com questões metafísicas, simlesmente ainda não consigo entender como um dos maiores músicos contemporâneos vivo estava ali com toda aquela multidão. E quando clássicos absolutos eram entoados por uma estádio absurdamente cheio. Não consigo definir qual foi a melhor, mas garanto que fiquei muito feliz dele lembrar-se de mim e colocar no setlist Get Back (Get back Jon Jon...).
Tocante também foram as homenagens que McCartney prestou para John Lennon, George Harrison e Linda McCartney com músicas e dedicatória em português para cada um. Entretanto devo destacar a de sua ex-mulher (falecida em 1998) quando declamou: "Eu escrevi essa música para a minha gatinha, Linda". Esse trecho foi extremamente comovente. Nesse momento tivemos um grande choque de realidade, já que todos temos o mesmo destino nesta vida e Paul ainda deve sofrer sua perda. Comovente.
Tudo no local transpirava uma aura que beirava o sobrematural, havia muito silêncio na hora de escutar as palavras enroladas que Paul arriscava em seu português de última hora. Em resumo o show mostrou como a música boa não tem idade e ainda cria uma mobilização fantástica, apontando que muitas pessoas novas ainda cultivam o gosto pelas referências musicais. A festa mesmo tendo quase três horas pareceu curta demais, isso que dá ter tantos clássicos! Agora o negócio é esperar ele voltar. Viva McCartney!
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