quarta-feira, 30 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Cidadão Kane (1941)


Para muitos o melhor filme da história. Cidadão Kane surgiu no longíquo ano de 1941 e estremeceu tudo que se pensava sobre cinema. Orson Welles criou enquadramentos ousados e uma história onde o protagonista morre no início, fazendo com que o enredo fosse contado por outras pessoas. Obviamente isto subverteu tudo que se tinha conhecimento sobre linguagem cinematográfica na época, tornando-o uma referência em termos de evolução estética. A película instiga o espectador e cria o vínculo iniciado pela enigmática palavra "Rosebud", tal ligação dará o climax especial para quem notar que este trabalho trata todas as relações de poder que um homem pode almejar. Simplesmente magnífico!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Foto do dia 28/03/2011

Primeira vez que saio para fotografar prédios a pedido do pessoal do setor. Só que não tirei nenhuma foto do ICBS (o que aparece ali em cima), mas sim da Escola de Engenharia antiga (prédio centenário).

domingo, 27 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Morangos Silvestres (1957)


No início de Morangos Silvestres temos um sonho sobre a morte do professor Isak Borg (Victor Sjöström), através de uma maravilhosa cena claustofóbica, aonde ele está em um bairro desconhecido com estabelecimentos fechados, nenhuma pessoa transitando, um forte sol, um relógio sem ponteiros e o som de batidas do coração. Nesse cenário (com uma edição muito interessante) é que cria-se o medo da finitude do protagonista de 78 anos. O professor aposentado sempre foi uma pessoa fechada e individualista.
A obra de Bergman apresenta Isak Borg no dia em que vai receber uma condecoração. Após ter o sonho acima citado, ele parte em uma viagem para a Universidade de Lund, sua terra natal. Durante o percurso recorda fatos importantes de sua vida, ao pensar que está perto da morte, o faz para tentar buscar respostas para seu isolamento e frieza com que lida com as outras pessoas. A história atrai a nossa atenção pela melancolia que Isak possui ao tentar refletir (somente na velhice) seu egocentrismo de toda uma vida. É simplesmente uma obra psicanalítica que toca nossos sentimentos.

Filmes que assisti em 2011: À Bout de Souffle (1960)


O filme revolucionário de Jean-Luc Godard. Em 1960 À Bout de Souffle inaugurou uma nova onda de linguagem cinematográfica, onde iniciam-se os cortes de cenas e a filmagem com a câmera na mão. Tudo isto é notado na parte inicial da película, imagino como deve ter sido estranho na época assistir algo tão diferente. O rompimento com a estética americana de cinema mostra um novo e excitante horizonte que começava a surgir. A história não é tão boa quanto em Alphaville, mas apresenta ótimas reflexões e diálogos, um petardo do diretor francês.

Filmes que assisti em 2011: Memento (2000)

Um filme sensacional sobre a memória. Christopher Nolan desconstrói toda uma história que em seu início já nos deixa perdidos: um detetive está procurando quem matou sua mulher, entretanto, ele tem problemas com a memória recente (não lembra de fatos que aconteceram durante o dia mas ainda guarda recordações sobre todo o seu passado). Pensar em um enredo assim já é difícil, mas fica pior pelo simples fato que toda a história é contada de trás para frente. Fatos acontecem sem nenhuma lógica, forçando-nos a pensar de uma maneira inversa. O diretor acerta na mosca em deixar o espectador desnorteado, como se estivesse tendo os mesmos problemas do protagonista Leonard (Guy Pearce).
Leonard se usa de diversos métodos para guardar dados importantes sobre sua investigação através de tatuagens, fotografias e bilhetes. Um detalhe em especial são os motivos que o levaram a escrever certas frases. O filme flerta muito com uma ideia perturbadora de até que ponto podemos confiar em informações, tornando a grande virtude da obra o questionamento com o espectador, grudando a sua atenção até o final da película (ou seria o começo?).

sexta-feira, 25 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Amarcord (1973)

Mais um clássico do Fellini, nesta película podemos citar que representa um trecho biográfico do diretor, já que foca-se em sua cidade natal, Rimini, durante a época do Fascismo. A narrativa não apresenta um protagonista evidente, tudo circula nos habitantes da provinciana cidade, isso dá um toque bem especial para o filme, já que a sua dinâmica nos faz analisar o local como um todo.
Os habitantes de Rimini transbordam simplicidade e pequenas manias, tornando um filme bastante realista. Só que Fellini tem um toque genial em misturar a mais pura realidade com fragmentos fantasiosos (como no caso de Oito e Meio) e aqui a receita funciona principalmente por causa dos ótimos desvaneios das crianças. Em diversos trechos personagens interagem diretamente com o espectador, criando um efeito inusitado.
Amarcord é crítico e bonito, com fotografia interessante e uma estupenda trilha sonora. Acho que o único grande problema é que as falas são redubladas, bizarro demais em 1973 ainda não ter uma tecnologia decente na Itália para capturar o som, isto torna algumas atuações ruins pelo fato de uma dublagem mal feita de alguns personagens. Mas não tira o brilho dessa pérola, aliás, existem diversas cenas de um humor caricato que complementam toda a trama.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Inside Job (2010)



Assisti o documentário que ganhou o Oscar 2011. Inside Job é uma boa análise da crise financeira de 2008 e apresenta toda a sua gênese nos Estados Unidos. O diretor Charles Ferguson mostra todos os envolvidos que se possa imaginar, abordando em alguns momentos de maneira provocativa seus entrevistados. Obviamente é uma chuva de informações que são apresentadas ao espectador, fazendo com que se faça necessária algumas reprises para uma melhor compreenção. Aponto que o filme deveria ser maior e focalizando na influência do fato em todo o mundo de uma maneira mais detalhada, formando um documento mais completo.

Filmes que assisti em 2011: Waiting for Superman (2010)


Interessante documentário que apresenta as mazelas do sistema público de ensino nos EUA. Um dos pontos contestados pelo diretor (Davis Guggenheim) são os professores que "chutam o balde" por causa da estabilidade. Penso nesse detalhe com bastante curiosidade, já que o serviço público no Brasil é norteado por tal benefício. O filme foca-se em depoimentos de crianças e pais contracenados com toda a política por trás do sistema. Penso que neste caso o tema poderia ter sido abordado de uma maneira mais profunda, mostrando melhor as relações que o cidadão americano tem com a educação.

sábado, 19 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Salvador (2006)


Até hoje nunca vi um filme ruim com Daniel Brühl (mas também não assisti toda a filmografia do cara). Longa baseado na história real do anarquista Salvador Puig Antich, que comandava um grupo que roubava bancos para subsidiar ações subversivas. O enredo já inicia com a prisão do protagonista, fazendo com que sua história seja contada em pequenos fragmento na parte inicial da obra. Não apresenta nenhum grande detalhe cinematográfico, mas a direção de Manuel Huerga é correta e explora muito bem uma história que marcou o passado negro da ditadura de Francisco Franco na Espanha.

Filmes que assisti em 2011: Ela é o Cara (2006)

Filme bobinho onde uma garota se passa por garoto porque quer jogar futebol no colégio. Aquela enrolação de sempre nas comédias teens americanas. Clichê total. Nem as cenas de treinos e jogo salvam, aliás, acontece muitas besteiras em campo...

Filmes que assisti em 2011: Cartas para Julieta (2010)

Fraco, previsível e demasiadamente bobo. Mas também, o que eu queria de uma comédia romântica? Basicamente tudo aqui é óbvio e cafona, sem mais.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Alphaville (1965)

Primeiro filme que assisto de Godard. Ele trata de uma espécie de cidade perdida em um futuro onde todas as pessoas são controladas pelo computador Alpha 60. Lá o detetive Lemmy Caution (que vive em uma espécie de outro extremo do planeta) é mandado para lá na tentativa de convencer um dos ciêntistas que mantém o Alpha a destruí-lo. Só que chegando em Alphaville ele em vê em um lugar opressor onde pessoas são como robôs, elas não possuem nenhum tipo de sentimento e vivem em uma forçada harmonia.
O longa apresenta uma profunda reflexão filosófica de como a sociedade pode transforma-se em um vazio de sentimentos. O papel de mecanização social fica bem caracterizado como crítica aos regimes facistas de épocas negras da História. Alpha 60 tem controle sobre todos e retira qualquer traço humano dos habitantes, e quem ainda consegue manter uma consciência crítica é morto. O amor, por exemplo, está abolido em Alphaville, fato que faz com que apenas a atração sexual prevaleça entre as pessoas (o enredo lembra muito o clássico livro Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley).
Em termos de linguagens cinematográfica o filme é um espetáculo. Existe muita experimentação (principalmente na fotografia) e até críticas para o estilo tradicional de fazer cinema. Godard apresenta um clima de film noir, deixando alguns clichês bem espalhafatosos de forma proposital. A história conta com diversas narrações de Alpha 60 (espécie de voz de um homem velho bem arranhada e com efeitos) que chegam a ser engraçadas nos dias atuais, mas mesmo assim soam bizarras.
Achei um filme fabuloso e muito legal por causa do lado experimental que Godard se utilizou. A mistura do enredo interessante e altamente crítico com estranheza da produção da película, transformam Alphaville em um clássico absoluto.

Assistam Dr. Strangelove

Complementando o post de ontem sobre a usina nuclear de Fukushima, venho apresentar uma dica de um clássico do cinema com ligação ao medo nuclear. Dr. Strangelove é uma obra prima dirigida pelo mestre Stanley kubrick, onde um general surta e fica responsável por aviões com ogivas nucleares. A tensão da trama apresenta todo o pavor do descontrole sobre armas e equipamentos radioativos. Poucas pessoas encaminham a humanidade para a destruição...

quinta-feira, 17 de março de 2011

JonasRS Vlog #30 Unboxing Holga 120N

Finalmente ela chegou \0/

Nuvem e Medo

Estou alarmado com os últimos fatos ocorrido no Japão em virtude do tsunami. Além de milhares de mortos ainda existe o terrível problema do colapso sofrido pela usina nuclear de Fukushima. O povo japonês terá que enfrentar o drama de reconstruir o país e o medo por causa da terrível massa atômica que a qualquer momento pode explodir e espalhar-se pelo território.
A grande crítica baseia-se no fato de como uma usina nuclear não teria em seu projeto protocolos de segurança contra tremores de terra (ainda mais que o Japão sempre teve o fenômeno acontecendo em seu território). Tudo isto me deixa mais desconfiado perante os interesses políticos e econômicos que fazem o mundo funcionar. Todos aplaudem e querem energia e tecnologia sem dar muita importância para o meio ambiente, mas quando um erro desses acontece, apenas fica o choro e o vazio de vidas perdidas. Por isso que tenho a terrível teoria que a humanidade vai ser dizimada através de suas maravilhosas tecnologias da vida contemporânea.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011:Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (2010)

O longa de Apichatpong Weerasethakul é uma espécie de "queridinho" de diversos críticos de cinema. Tem muita lógica, afinal, o diretor tailandês tem uma maneira bem peculiar de abordar suas histórias sobre a vida e a morte. O longa por si só já é interessante por apresentar um paciente terminal que vive seus últimos momentos com familiares em uma fazenda.
A história é apresenta com a reflexão de Boonmee sobre acontecimentos de sua vida. A angústia da finitude humana faz contrapartida com as manifestações de crenças locais, onde fantasmas de formas animais vagam por florestas. Para isto Apichatpong usou do recurso da fotografia ,que é uma espécie de marca registrada dele, onde coloca as pessoas em menor plano em relação à natureza através longos takes. Tal recurso pode ser considerado como genial ou um total pé no saco, já que ângulos interessantes ficam durante muito tempo em cena.
O que faz Tio Boonmee pulsar de maneira diferente e fantástica é o fato da fotografia e o enredo desenvolverem-se de maneira arrastada. O diretor convida o público para uma apreciação dos "espíritos naturais", toda a tomada é feita valorizando sons naturais e detalhes como movimentos das folhas provocados pelo vento. Tudo move-se devagar na cena, e os personagens são espécies de coadjuvantes do cenário. Aqui podemos notar a originalidade de Apichatpong, onde cria uma narrativa diferente da usual.
Mas nem tudo é positivo, os longos takes acabam sendo muito cansativos, até mesmo nos melhores enquadramentos fotográficos. Muita gente pode amar ou odiar o fato da composição fotográfica ser primordialmente formada por molduras de sombras arrematadas com fragmentos de paisagens centralizadas. Tal efeito fica legal em diversas cenas, só que algumas vezes as partes com maior iluminação ficam terrivelmente estouradas.
Os atores são fracos, mas não podemos crucificá-los, já que fica evidente o esforço de cada um em tentar uma interpretação correta. Existe o problema do filho de Boonmee, que é uma espécie de fantasma de homem-macaco, só que ele usa uma fantasia que chega a ser ridícula até para um filme trash dos anos 70.
Penso que Tio Boonmee é uma grata surpresa pela sua ousadia cinematográfica, mas não podemos achar que esta é a última maravilha do cinema. Em muitos momentos Apichatpong quis ser "atmoférico" demais, o que torra a paciência de muita gente, tornando as "cenas espirituais" uma sequência quase brega de imagens da natureza. Acho que para chegarmos ao ponto de "maravilhoso" o diretor deverá rever alguns pontos no seu estilo.

Filmes que assisti em 2011: Uma Carta para Tio Boonmee (2009)


O Curta (17 minutos) de Apichatpong Weerasethakul é um "preview" para o que viria a ser sua grande obra até o momento: Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas. Em Uma Carta existe todo um jogo de longas tomadas de câmera com movimento e a leitura da suposta carta por duas pessoas, a qual é uma interessante narrativa que tenta definir como seria o local onde o Tio Boonmee mora. Para muitos parece sem pé nem cabeça, mas o filme não quer expressar simplesmente uma história, mas a manifestação entre o mundo dos vivos com o dos mortos através de simbolismos presentes na dualidade de imagens da natureza e de uma casa. Toda a obra de Apichatpong é baseada na cultura tailandesa, o respectivo trabalho funciona como uma preparação para o longa...

domingo, 13 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Oito e Meio (1963)

Assisti a um dos maiores clássicos do cinema! O aclamado diretor Federico Fellini passava por um crise criativa, e aproveitando a frase "fazer do limão uma limonada", usou o problema para criar uma das mais consagradas películas da história. Oito e Meio é um trabalho um tanto hermético, poderíamos até dizer que seria um grande brainstorm na tentativa de criar um filme. Tudo acontece em volta do personagem Guido (Marcello Mastroianni), no papel de diretor de cinema. Ele é um homem extremamente preocupado com o resultado final do filme que tenta gravar, sua reflexão sempre toca no ponto de que a obra seja relevante e não fique apenas em um lugar comum. Em diversos trechos o coadjuvante tem desvaneios e recordações aleatórias que acabam caracterizando o ápice do estilo simbolista de Fellini. Brincar com o sonho e a realidade é a tônica do clássico, fazendo o espectador entrar numa espécie de "filme dentro filme", mostrando toda a angústia que um artista pode ter quando quer alcançar a perfeição.

sábado, 12 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Old Boy (2003)


Old Boy é uma história perturbadora sobre a vingança. O filme em muitas cenas apresenta uma elevada dose de violência e torturas, acompanhado por um enredo muito bem pensado e original. O protagonista (Dae-su Oh) nos faz entrar em seu desespero para tentar compreender o motivo de ter ficado em cárcere privado por 15 anos. Não pense que a película é apenas uma carnificina, já que existe todo um tema polêmico por baixo da história, que o torna bastante provocativo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: La Dolce Vita (1960)


A Doce Vida é o primeiro filme que assisto do antológico Federico Fellini. A película apresenta uma narrativa de certa forma descontínua (e bem longa), onde fatos são encadeados de uma maneira heterogênea. Toda a história é baseada na dualidade: uma Itália extremamente conservadora renascendo do pós guerra e a influência da "americanização" da cultura.
Fellini retrata a dualidade através das divisões da história, encaixando simbolismos entre o sagrado e o profano em diversas cenas. O protagonista (Marcello) vive toda a decadência da sociedade italiana mas ainda apresenta pequenos sinais de reflexão. Diversos personagens apresentam características escandalosamente afetadas, fazendo com que fosse passada uma falsa impressão de interpretações equivocadas de papéis. Mas tudo isto não passa de uma grande sacada do diretor para mostrar a fragilidade e superficialidade do homem contemporâneo (assim como acontece em Blow-up de Antonioni)
A fotografia é um grande destaque, mostrando a maestria em lidar com sombras e luzes em um filme preto e branco. Um destaque legal são os paparazzos, carregando suas TLR's e tirando fotos como loucos.
O filme apresenta uma belíssima análise do que seria a tônica das décadas seguintes. As construções de enredo, personagens e simbolismos assinala a genialidade de Fellini e inaugura seu estilo simbolista com perfeição. Um clássico imperdível, mas para quem tem paciência (já que são duas horas e quarenta de filme).

terça-feira, 8 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: True Grit (2010)

Filme que concorria a melhor filme do Oscar 2011 mas não levou. Dirigido pelos irmãos Coen, o longa é um remake (que não assisti) de 1969, que por sua vez é baseado em um livro (que também não li) de 1968. O enredo é direto mas fica um tanto cansativo em muitas partes, o legal fica para a fotografia e as ótimas atuações dos protagonistas, aliás, Jeff Bridges está espetacular no papel do durão Rooster (rouba toda a cena). O longa apresenta algumas cenas violentas e um pouco dos famosos "bang-bangs" do cinema americano, tornando-o um bom passatempo, mas nada de muito espetacular.

Filmes que assisti em 2011: Breakfast at Tiffany (1961)

Bonequinha de Luxo (título com tradução horrível) é um filme que fica na mente de várias gerações de mulheres, como a fatídica cena inicial, que se faz um clássico absoluto do cinema e já recriada diversas vezes. No mais, achei ele um filme um pouco cansativo e com humor forçado em vários trechos, mas a parte final da história é muito interessante e acaba dando o destaque positivo para o enredo. Gostei muito do gato (que tem o fabuloso nome de Cat) e faço um destaque para a emocionante música tema que é repetida continuamente durante a película.

domingo, 6 de março de 2011

JonasRS Vlog #29:Câmeras Digitais e Problemas

Foto do dia 06/03/2011

Saímos para passear com o Capitão América! Primeira vez que dirijo bastante (shoppings Iguatemi e Total com a SpaceFox)

Foto do dia 05/03/2011

Procurando fantasias nas Americanas. Aí está o Felipe.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: F For Fake (1973)

Fui atrás do F For Fake após assistir o Exit Through the Gift Shop. Orson Welles apresenta uma espécie de mockumentary sobre falsificações (principalmente no ramo da arte). A película possui uma narrativa em que diversas partes são interrompidas de maneira intencional, criando uma linguagem cinematográfica que põe a história em segundo plano, acarretando em uma reflexão do espectador para julgar o que é verdadeiro. A fotografia é muito interessante com enquadramentos inusitados. Um filme muito interessante que apresenta apenas dúvidas, não procure respostas aqui...

terça-feira, 1 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: O Menino do Pijama Listrado (2010)

Filmes sobre a Segunda Guerra são tão comuns que já estão ficando chatos com seus enredos óbvios e as constantes cenas de batalhas. Não é o caso do Menino do Pijama Listrado. Uma obra baseada em um livro (que ainda não li), apresenta uma comovente narrativa de um menino que vai morar junto a um campo de concentração que seu pai (oficial nazista) está comandando. Lá ele pensa estar em uma "fazenda" onde os trabalhadores vestem os "pijamas listrados" (aqui a história apresenta aproximação com o já clássico A Vida é Bela). O garoto vive solitariamente dentro do quartel sem amigos e recebendo aulas sobre a doutrina nazista, até que um dia encontra um menino que está preso, o convìvio com ele faz um choque sobre os ideais do nazismo. A história tem tudo para emocionar, já que mistura a inocência do protagonista com horror causado pelo Holocausto.

Filmes que assisti em 2011: A Dúvida (2008)

Interessante filme onde o título já diz praticamente tudo da trama tensa que desenrola-se. A Dúvida tem uma interpretação magnífica da veterana Meryl Streep no papel freira. O interessante da película é retratar um caso de pedofilia onde "a dúvida" é uma constante que toma diversas formas, fazendo com que o espectador flutue em fatos como uma espécie de investigador, tornando a história muito atraente até o seu fim.

Filmes que assisti em 2011: O Segredo dos Seus Olhos (2009)

Belíssimo filme policial argentino (não tem nada a ver com estilo "policial hollywoodiano") . O Segredo dos Seus Olhos apresenta a história de um funcionário público aposentado que escreve romances, um dia resolve relatar um dos casos mais emblemáticos que trabalhou em 1974, com isso acaba revivendo fatos marcantes da história argentina e um amor perdido. Achei uma das principais virtudes da história a maneira detalhada que ela desenvolve-se sem soar cansativa e acrescentando detalhes interessantes. Destaque para o trabalho do diretor Juan Campanella em nunca deixar o fôlego do enredo cair. Em 2010 a película ganhou, merecidamente, o Oscar de melhor filme estrangeiro.

Filmes que assisti em 2011: Mary and Max (2009)

Fui para Capão da Canoa e peguei uma semana com bastante chuva, para aguentar algumas horas de confinamento no apartamento apelei aos camelôs com seus dvd's piratas. Quando fuçava nas gavetinhas com desenhos para crianças, encontrava o Mary and Max, mas que belo engano o pessoal de lá estava cometendo, já que a animação de stop motion elaborada por Adam Elliot não é recomendada para crianças.
Mary and Max apresenta a história de uma amizade estranha entre uma menina australiana e um homem com cerca de 40 anos com Síndrome de Asperger que residente em Nova York. O enredo apresenta a comunicação entre os dois através de cartas recheadas com doces (Max come toda a hora dentro da solidão de seu apartamento). O estilo da animação é bem depressivo, onde predominam cores monocromáticas, cenários decadentes, e pessoas com feições bizarras. Os personagens apresentam diversos problemas psicológicos provocados pela vida moderna, com o destaque para a depressão. Mas tudo isto dá um charme especial e triste para o filme, tornando-o um belo exemplo de trabalho que passa distante do estilo de animações criadas nos dias atuais. Altamente recomendável!