domingo, 27 de março de 2011

Filmes que assisti em 2011: Morangos Silvestres (1957)


No início de Morangos Silvestres temos um sonho sobre a morte do professor Isak Borg (Victor Sjöström), através de uma maravilhosa cena claustofóbica, aonde ele está em um bairro desconhecido com estabelecimentos fechados, nenhuma pessoa transitando, um forte sol, um relógio sem ponteiros e o som de batidas do coração. Nesse cenário (com uma edição muito interessante) é que cria-se o medo da finitude do protagonista de 78 anos. O professor aposentado sempre foi uma pessoa fechada e individualista.
A obra de Bergman apresenta Isak Borg no dia em que vai receber uma condecoração. Após ter o sonho acima citado, ele parte em uma viagem para a Universidade de Lund, sua terra natal. Durante o percurso recorda fatos importantes de sua vida, ao pensar que está perto da morte, o faz para tentar buscar respostas para seu isolamento e frieza com que lida com as outras pessoas. A história atrai a nossa atenção pela melancolia que Isak possui ao tentar refletir (somente na velhice) seu egocentrismo de toda uma vida. É simplesmente uma obra psicanalítica que toca nossos sentimentos.

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