Filmes que assisti em 2011: Rear Window (1954)

Outra magnífica obra do antológico Hitchcock. O legal da história é a maneira aflita que ficamos espectadores da vizinhança, entrando no ponto de vista do personagem principal. Tudo em um cenário que vai abrindo-se aos poucos para o espectador. Obrigatório!

JonasRS Vlog #33: Unboxing and Loading Lomography Fisheye 2

A Fisheye 2 chegou para alegrar o dia.

Filmes que assisti em 2011: Lola Montès (1955)

Outra pérola cinematográfica obrigatória para a história da sétima arte. Lola Montès é uma obra que foi duramente criticada em sua época, chegando ao ponto dos produtores reeditarem uma nova versão com cortes e redublagens (já que possui narrações em alemão, francês e inglês). Aqui Max Ophüls recria a verídica história da Condessa de Landsfeld. Ela foi uma mulher que no século 19 criou toda sua fama em escândalos amorosos com autoridades de época e por suas performances "revolucionárias" como bailarina.

A narrativa é centrada em uma apresentação de circo, onde a platéia assiste a história de Lola. O diretor mescla as figurações do espetáculo com narrativas típicas do cinema, criando toda uma aura mágica na concepção do filme. Este ainda apresenta um fotografia soberba, com cores vibrantes e travellings revolucionários para a sua época. O sensacionalismo é o centro das atenções na trama, ali a protagonista transforma-se em um simples animal exposto ao grande público, este a questiona e a penaliza por causa da sua falta de moralidade, mas ao mesmo tempo sonha em possuí-la ou simplesmente tocá-la. Um belíssimo clássico!

Filmes que assisti em 2011: They Live (1988)

Antes de tudo eu vou falar a coisa mais óbvia sobre a estética do filme: permeada por clichês do pior do cinema americano dos anos 80. Aqui você vai ter tiros, porradas, fotografia tosca, diálogos fracos, atuações ruins e trilhas sonoras com guitarras e teclados. O filme transborda muita tosquice mesmo.

Mas They Live apresenta uma mensagem que desafia o flerte com o estilo mais besta do cinema de ação. O enredo é uma mensagem bolada em uma ideia tosca, onde óculos são capazes de enxergar o império alienígena que está dominando todo o planeta. Mas quando a história desenvolve-se temos uma crítica genial ao mundo capitalista e o seu sistema político. John Carpenter apresenta sua narrativa com toda a ligação corrupta que o sistema provoca na população e a sua alienação. A película acaba convencendo o espectador por conta de toda esta carga crítica, fazendo um ponto reflexivo bem interessante quanto ao mundo que nos rodeia.

JonasRS Vlog #32: Unboxing Lomography Oktomat

Decidi fazer o vídeo com alguns cortes.

Foto do dia 14/05/2011

Chegou a Oktomat :D

Filmes que assisti em 2011: Onibaba (1964)

*Assisti Onibaba de graça na Sala Redenção da UFRGS.

Filme japonês bem interessante que retrata um pouco da filosofia oriental. A história torna-se quase como uma parábola em uma terra agrícola desolada pela guerra. Na história nora e sogra matam samurais para trocar seus pertences por comida, gerando uma interessante ideia de sobrevivência em um meio desolado. Podemos pensá-las como assassinas frias e cruéis, mas a trama abre-se para entendermos mecanismo complexos sobre situações extremas.

Como é bom ver uma obra cinematográfica "orgânica", onde a fotografia preto e branco é valorizada por sons da natureza (como é o caso hipnótico do capim balançando), demonstrando como a arte é maravilhosa quando retrata esses detalhes tão simples da vida...

A Obra do Woody: Every Thing You Always Wanted to Know About Sex - But Were Afraid to Ask (1972)

Filme todo fragmentado em histórias separadas, sendo assim, o humor também aparecerá em determinados trechos. Uma película bem para passar o tempo mesmo, com alguns capítulos interesantes e outros bem chatos (destaco o trecho final que é realmente genial). Como detalhe, nesse trabalho Woody Allen não aparece em todas as narrativas.

Filmes que assisti em 2011: Rope (1948)

Obra maravilhosa de Hitchcock sobre o assassinato de uma pessoa e a peculiar maneira de celebrar tal feito. Rope ("Festim Diabólico" - BR) apresenta uma narrativa extremamente interessante e audaciosa, que poderia comparar-se a uma peça teatral. O único cenário é um amplo apartamento onde o fundo apresenta um detalhe interessantíssimo de marcar o tempo através da posição do Sol. Tomadas longas com personagens interagindo continuamente e acompanhadas por interpretações impecáveis demonstram o trabalhão que deve ter dado para formular efeito tão peculiar. A câmera caminha livremente entre os ambientes do local, fazendo o foco em peças importantes para a trama, o diretor trabalha a ocular como se o espectador estivesse no papel de cúmplice da trama. Muitos podem achar um saco tais detalhes e pensar que a obra possa ser chata, mas é exatamente o contrário, te fez grudar do início até o fim.